No âmbito da pedido de contributos referentes às análises especializadas, como comentário geral o Instituto da Segurança Social, IP, menciona que:
O Instituto da Segurança Social, IP, tem vindo a articular com o Ministério da Saúde, quer ao nível central, regional e local, com o objectivo de estabelecer políticas e acções intersectoriais, que possam alcançar melhorias no potencial de bem-estar de todos/as os/as cidadãos/ãs.
A representação do ISS, IP, no âmbito do Plano de Acção Contra as Drogas e as Toxicodependências, através da sua participação na Comissão Técnica do Conselho Interministerial do Combate à Droga e Toxicodependência; a colaboração na Concepção do Plano Nacional de Redução dos Problemas Ligados ao Álcool, através do Grupo Restrito e Alargado do vector de Reinserção e a articulação com a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, com o objectivo de analisar a continuidade de respostas no âmbito dos Projectos financiados ao abrigo do Programa Apoio Desenvolvimento Intervenção na Sida (ADIS) / SIDA, são exemplos de actividades de parceria.
Em 2006 com a criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), no âmbito dos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Solidariedade Social, colocou-se ainda um maior desafio, no sentido em que se integraram as políticas do sector da Saúde e da Segurança Social, com parcerias com o sector social e privado. O desenvolvimento de intervenções que possam dar resposta a necessidades mistas que combinam circunstâncias de saúde e sociais é prioridade comum no contexto europeu.
Reconhecidamente uma única organização não pode responder ao conjunto de problemas e necessidades que o colectivo das pessoas com doença apresenta. É necessário um modelo integrado de gestão e integração das diferentes dimensões da saúde, pensada de forma holística.
A RNCCI tem demonstrado que é possível a dinâmica de cooperação entre dois ministérios, sendo uma inovação nas políticas de saúde e sociais.
Não obstante a imensa validade que a perspectiva apresenta, a realidade das pessoas que no Ano Internacional Contra a Exclusão Social nos têm sido confrontadas na primeira REDE lusófona de seropositivos e co-infectados e a quem são ministrados tratamentos de interferon de milhares de euros, que medicamente entram em falência por não haver entendimento Intersectorial numa verba transitória especial (como a extensão de ITT para a TP) atribuída a estes indivíduos em risco, dá que pensar. Gostaríamos de que V. Exas. pensassem em termos da gestão custo/benefício se não valeria a pena reunirem com a Sociedade Civil e ter uma perspectiva deste facto.
Estamos ao V. dispor e acreditamos que as verbas envolvidas não são certamente significativas.
Cumprimentos.