Todas as mulheres em Portugal, através do Serviço Nacional de Saúde, deveriam ter acesso à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento ideal para o seu tipo de cancro da mama, reduzindo significativamente a taxa de mortalidade e aumentando a qualidade de vida dos sobreviventes.
Com detecção precoce e tratamento adequado 90% dos cancros da mama são tratáveis e curáveis. Estimamos 4500 novos casos por ano e 1500 mortes devido ao cancro da mama por ano. Isso quer dizer que mais de 1000 mulheres morrem desnecessariamente todos os anos.
Prioridades para o Plano Nacional de Saúde 2011-2016:
Estatísticas:
• Um Registo Oncológico Nacional capaz de produzir e divulgar estatísticas actualizadas e fiáveis
Programas de Rastreio:
• A universalidade do rastreio – conforme prevista no PON, todas as mulheres entre os 45 e os 69 anos deviam ter acesso ao rastreio, mas 50% das mulheres em Portugal ainda não podem fazer rastreio porque não há unidades fixas ou móveis suficientes
• Auditoria independente aos Programas do Rastreio do Cancro da Mama para confirmar e melhorar a eficácia (das 50% que vivem nestas zonas, uma percentagem significativa não recebe o convite por erros/omissões de base de dados)
• Coerência dos programas regionais
• Apuramento e divulgação dos resultados dos diagnósticos do rastreio – o Registo Oncológico Nacional deveria ser responsável por estas informações e ter os recursos necessários
• Comunicação com o público-alvo – criar um site e uma linha de informação nacional que reencaminhará as mulheres para o parceiro local
Unidades de Mama – Centros de Referenciação para o Diagnostico e Tratamento do Cancro da Mama:
• Cada região devia ter uma Unidade da Mama aonde todos os casos do cancro da mama seriam diagnosticados e tratados
• Deviam ser dentro de hospitais principais com equipas dedicadas, especializadas e multi-disciplinares num ambiente centrado na doente, em conformidade com a EUSOMA – http://www.eusoma.org/Engx/BreastUnits/
• Assim ficavam resolvidos os problemas actuais responsáveis em grande parte pela alta taxa de mortalidade:
» Falta de qualidade no diagnóstico para possibilitar um tratamento adequado
» Elevado tempo de espera para cirurgia/tratamento nalguns hospitais
» Grandes discrepâncias entre o qualidade entre médicos/hospitais especialmente em hospitais com baixo volume (mastectomia vs. tumorectomia; gânglio sentinela; reconstrução etc.)
» Mais informação sobre a reconstrução mamária antes e depois da cirurgia para que a reconstrução seja uma decisão da mulher
» Dificuldade em fazer a reconstrução mamária nos hospitais do estado
» Pouca divulgação da informação credível para mulheres sobre cancro da mama em geral e aos doentes e familiares após diagnostico
» Pouco diálogo entre doentes e profissionais de saúde
» Acesso limitado e irregular aos tratamentos novos
Durante e depois do tratamento:
• uma maior comparticipação nas próteses mamárias, parciais ou totais;
• os suportes para próteses também com comparticipação
• melhor acesso à fisioterapia
Documentação de Apoio :
- Estatística de tratamento (visualize)