Em 2019 estimava-se que a população em Portugal era de 10.295.909 habitantes, dos quais 52,8% do sexo feminino e 49.2% do sexo masculino.
A distribuição por grupos quinquenais mostra um estreitamento nos grupos mais jovens. É de salientar também que a percentagem de população do sexo feminino aumenta nos grupos de idade superior, ultrapassando os 60% a partir dos 80 anos.
Em termos geográficos, manteve-se a tendência de aglomeração, principalmente nos municípios do Litoral continental.
Saldo efetivo
Entre 2011 e 2019 houve um decréscimo de aproximadamente 2% da população portuguesa, devido ao saldo natural persistentemente negativo ao longo dos anos.
A partir de 2017, o saldo migratório passou a ser positivo, levando a uma taxa de crescimento efetivo em 2019.
Índice de envelhecimento e de dependência
O índice de envelhecimento aumentou em Portugal entre 2011 e 2019, passando de 127,6 para 163,2 idosos por cada 100 jovens (menores que 15 anos).
O índice de dependência também aumentou no mesmo período, de 51,4 para 55,6 jovens e idosos por cada 100 pessoas em idade ativa.
Natalidade, Mortalidade e Esperança de Vida
O número de nados-vivos teve um decréscimo superior a 10% entre 2011 e 2019. Importa, no entanto, salientar que a taxa bruta de natalidade apresentou uma tendência de estabilização nos últimos 5 anos do período.
Pelo contrário, a taxa bruta de mortalidade apresentou uma tendência crescente no período entre 2011 e 2019, tendo-se registado, em 2019, um valor de 1.086,7 óbitos por 100.000 habitantes.
A distribuição da taxa de mortalidade por sexo foi desigual em todo o período de 2011 a 2019, tendo sido consistentemente superior nos homens.
A taxa de mortalidade infantil, por seu lado, diminuiu ao longo da década em análise, sendo o seu valor de 2,9 por 1.000 nados-vivos em 2018-2020.
Já a esperança de vida (EV) à nascença aumentou 4,5 anos nas duas últimas décadas, sendo de 81,1 anos no triénio 2018-2020.
Foi sempre consistentemente mais elevada nas mulheres que nos homens, embora o hiato entre os valores tenha diminuído de 6,7 anos em 1999-2001, para 5,6 anos em 2018-2020.
Em termos geográficos, as Regiões Autónomas apresentaram os valores mais baixos e, simultaneamente, foram as regiões onde estes valores registaram maior crescimento.
Principais causas de morte
No triénio 2017-2019, as principais causas de morte foram as doenças do aparelho circulatório e os tumores malignos, sendo estes últimos responsáveis, no mesmo período, pela maior proporção de mortes prematuras.
Em relação à taxa de mortalidade prematura padronizada pela idade, por todas as causas, em 2018, em Portugal, verificou-se que cerca de 67 % desses óbitos são considerados como mortalidade evitável. Entre as principais causas de morte estão alguns tumores malignos.